Minimalismo Extremo

Você sabe o que é o minimalismo extremo?

Minimalismo Extremo - Poder minimalista

Algumas pessoas abraçam o estilo de vida minimalista de uma forma tão obcecada que acabam levando isso a um nível muito exagerado. O minimalismo extremo começa a se fazer presente e com ele algumas consequências para a vida dessas pessoas.

A seguir vou te explicar o que é esse tal minimalismo extremo e como ele pode impactar a vida das pessoas.

O que é o minimalismo extremo?

Como o próprio nome já diz, minimalismo extremo é quando levamos a experiência minimalista a níveis que extrapolam o plano ideal.

Muitas pessoas pensam que minimalista é aquela pessoa que vive com o mínimo possível, a ponto de abrir mão de coisas importantes para ficar cada vez com menos coisas. Quem vive com o mínimo, desta forma, são os minimalistas extremos.

O minimalista na verdade vive com tudo aquilo que é essencial para sua vida. O minimalista não abre mão de coisas importantes e não dificulta sua forma de viver só para mostrar que vive com o mínimo.

Um dificulta sua vida a troco de um rótulo, o outro facilita a sua vida a troco de viver melhor.

O que leva alguém a viver o minimalismo extremo?

Talvez eu fosse um potencial extremista. Como eu já vivi num cenário de muita acumulação e consumismo isso poderia ter isso como motivação para ir para um caminho extremo. Acredito que outras pessoas também poderiam ter a mesma motivação. 

Buscar algo que é o extremo oposto daquilo que lhe incomoda é uma forma de se rebelar, se afastar ao máximo de algo que faz mal.

Outra possível razão é a pessoa ter no seu sistema essa ideia de exagero, tal qual um colecionador, tal qual um consumista, que não consegue viver no equilíbrio e precisa fazer aquilo de forma extrema.

A motivação para o exagero pode vir do seu próprio ego, questões psicológicas, ou mesmo de dependência

A medida que essa pessoa fica cada vez com menos coisas os hormônios do prazer e felicidade são produzidos em maior quantidade e ela pode ficar dependente dessa sensação e buscar isso mais vezes. 

Consequências do minimalismo extremo

Viver num vazio

Eliminar itens a todo custo cria um vazio. Itens de decoração, por exemplo, que poderiam servir como totens e reforçar suas crenças, sua identidade, te fazer sentir parte de algo e te motivar a ser alguém ainda melhor vão embora.

Isso pode colocar essas pessoas em um vazio existencial e gerar prejuízos psicológicos a elas.

Falta de identidade

Acessórios, como o próprio nome propõe, não são os itens principais. Pense nos acessórios que usamos para nos vestir. Eles nos ajudam a criar e transmitir nossa identidade para outras pessoas.

Viver só com os itens básicos só comunica que essa pessoa é minimalista (extremo) e mais nada. Ela perde identidade.

Prejuízo na Sociabilidade

Vivemos em uma sociedade programada para consumir demais e potencialmente acumuladora. O minimalista precisa entender isso e saber viver em equilíbrio. O extremista tende a ser rígido, querer as coisas do seu jeito.

A sociedade passa a ter mais dificuldade de interagir com esse minimalista extremo. O minimalista extremo vai se irritar mais com as outras pessoas, por serem consumistas ou acumuladoras.

O minimalista extremo pode afastar as pessoas do minimalismo ao invés de trazer mais pessoas para esse estilo de vida.

Paradoxo do Minimalismo

Eis o ponto mais importante nessa reflexão. Se o minimalismo é eliminar o excesso da nossa vida e viver com o essencial, ao buscar viver com o mínimo de forma obcecada essa pessoa passa a incorporar um excesso de rigidez no estilo de vida.

Ao invés de encontrar o equilíbrio, ela abraça um excesso para eliminar os outros. Nasce um grande paradoxo.

O fim do paradoxo acontece quando entendemos que minimalismo é viver com o essencial, não com o mínimo.

Exceção a regra

Para mim, o minimalismo extremo só se justifica se for a título de estudo, de experimento. Uma pessoa que resolve ficar um número X de dias vivendo com o mínimo possível para estudar aquele extremo, ver como ela se comporta e o que aquilo gera no seu corpo e mente.

O experimento acredito ser muito válido quando tem um objetivo. Porém o minimalismo extremo para a toda vida, para mim, está fadado ao fracasso.

Como tudo na vida, estabelecer um limite e buscar o equilíbrio é a melhor saída. 

Você experimentaria o minimalismo extremo em algum momento da sua vida?

Caso resolva experimentar, me conta depois como foi sua experiência nas redes sociais.

Construa sua vida com o essencial e a gente se vê no próximo post!

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